domingo, 30 de março de 2008

Quadrinhos

Algo grande está por vir em Desinutilidades (hahaha, tá bom!). Enquanto isso, alguns quadrinhos.

Se você não tem muita paciência/tempo para ler quadrinhos, recomendo o site http://pbfcomics.com/.

Uma tirinha um pouco mais....menos séria:

Também gosto muito da Mafalda.

Há um site que tem milhares de tirinhas da Mafalda, mas não direi aqui que ele é o segundo da busca por "Mafalda" no Google pois, aparentemente, ele é ilegal.

domingo, 23 de março de 2008

Philip Glass

"I do not hear noise, I hear music" (John Cage)

Não gosto muito de música clássica contemporânea. Talvez porque simplesmente não a entenda bem. Em geral, o objetivo da arte contemporânea está na forma como ela é feita, e não no resultado final. Está na inovação que uma nova música carrega, e não em seu conteúdo propriamente dito.

Por exemplo, 4′33″, a talvez mais famosa e controversa obra de John Cage, pode ser interpretada por qualquer um. Trata-se de 4 minutos e 33 segundos de silêncio. Silêncio em termos, o barulho ambiente é permitido (que é a verdadeira música). O vídeo abaixo contém uma interpretação dela. Alguém poderia dizer (e foi minha primeira reação quando a ouvi) "mas qualquer um pode fazer isso". Mas alguém fez? Provavelmente poucos pensaram em algo assim antes de Cage. Estou de acordo que a idéia é interessante, mas ainda assim não consigo vê-la como música. Como arte sim, mas não como música. (Acho que na verdade isso é apenas uma questão de definições, talvez irrelevante).

(Apenas fazendo um parênteses, estava pensando agora o que aconteceria se Monty Phyton tivesse feito uma cena como a do vídeo abaixo, mas antes de Cage compor essa música. Conclui que certamente ele também seria apreciado, mas sob outro aspecto, o que é, no mínimo, interessante: a mesma idéia sendo usada para a arte ou para o humor, dependendo o que surgiu primeiro).



Contudo, há uma excessão com relação a compositores clássicos contemporâneos (ao menos para mim): Philip Glass. Philip Glass é um compositor norte-americano classificado, em geral, como minimalista.

O que é minimalismo em música? Bom, citando a wikipedia, porque tenho um monte de coisa para fazer,

"Na música erudita das últimas três décadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir à produção musical que reúne as seguintes características: repetição (frequentemente de pequenos trechos, com pequenas variações através de grandes períodos de tempo) ou estaticidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipnóticos. É frequentemente associada (e inseparável) da composição na música eletrônica."

Philip Glass compôs a trilha de diversos filmes, como "As Horas", "O Ilusionista", "O Show de Truman" e o documentário "Koyaanisqatsi". Penso que o melhor adjetivo para classificar sua música é hipnótico. Não acho que o youtube seja um bom meio para se conhecer novos compositores, pois o som é terrível e induz uma impressão errada. Mas aqui é o único jeito. O primeiro vídeo abaixo mostra uma parte de sua ópera intitulada "Einstein on the Beach". O segundo é uma parte do documentário "Koyaanisqatsi" (que significa "vida desequilibrada" na língua Hopi). As imagens e a música se casam perfeitamente aqui, e me fazem sentir uma terrível agonia.





Recomendo o genial disco "Passages", de Glass com o citarista indiano Ravi Shankar. Não encontrei no youtube nenhum vídeo que realmente valesse a pena colocar aqui.

No final das contas acabei divagando e quase não falei do Philip Glass. Sugiro aos interessados que descubram mais sobre ele por si próprios.

domingo, 16 de março de 2008

Humor Nonsense (ou então: Vídeos que Nunca Serão Assistidos)

Nesse tópico gostaria de colocar alguns vídeos de artistas que fazem humor nonsense, um dos meus tipos preferidos.

O que é humor nonsense? Bem, ele se baseia na mistura de temas aparentemente sem conexão, no exagero ao extremo de personagens caricatos e em referências, sátiras e paródias a diversas fontes distintas. Costumam conter fortes críticas a outras obras.

Talvez o grupo mais famoso nesse estilo seja o Monty Phyton. O primeiro vídeo aqui é o curta "Futebol dos Filósofos". O segundo é "Argument Clinic", da série "Flying Circus".





Outro grande comediante nonsense é Mel Brooks. Ambos os vídeos daqui são do filme "História do Mundo - Parte 1", no qual pedaços da história do mundo são contados de uma forma não muito tradicional. O primeiro trata da Última Ceia, enquanto que o segundo fala (de uma maneira à la Broadway) sobre a Inquisição Espanhola.





O terceiro artista de quem eu gostaria de falar é Woody Allen, que tem um estilo bem diferente dos outros. A maior parte de seus filmes não são pura comédia. Eles trazem um conteúdo muito sério, geralmente baseado em um existencialismo depressivo. Mas, mesmo assim, constumam ser engraçados (no estilo da segunda charge do post anterior a esse). O primeiro vídeo mostra uma cena de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" ("Annie Hall"), em que se pode observar o que eu quero dizer. O segundo é um trecho mais leve de "Desconstruindo Harry" (o que eu digo que é mais leve começa em 3:00 min, o resto é pesado! É a cena em que Mel (Robin Williams) fica fora de foco, questão tratada com uma certa normalidade pelos outros personagens).





Li uma teoria na internet que dizia que nerds são considerados seres estranhos justamente pelas piadas nonsense, uma vez que não conseguem ficar mais de 10 minutos sem soltar um Ni ou então um 42.

De qualquer forma, outras fontes de humor nonsense são Os Simpsons e um pouco de Seinfeld. Ah, e também o post Da Teoria da Conspiração dos Grãos de Café desse blog, que não foi muito bem compreendido. Fim.

sexta-feira, 14 de março de 2008

2 Quadrinhos

Dois quadrinhos do site www.xkcd.com interessantes, apenas para ninguém dizer que o blog está abandonado (depois de apenas uma semana de sua criação).

O primeiro se chama "The Difference", e o texto que o acompanha é: "How could you choose avoiding a little pain over understanding a magic lightning machine?".

O segundo é "Nihilism", com o texto: "Why can't you have normal existential angst like all the other boys?".

Provavelmente voltarei a falar dos assuntos abordados nesses quadrinhos...

1)



2)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Música!

Como primeiro post de música, não gostaria de falar de música propriamente dita, mas sim de grandes dificuldades pelas quais os músicos passam. E não me refiro a problemas financeiros, mas a questões burocráticas que a maior parte das pessoas desconhece.

Por exemplo, quando um compositor lança um CD, as músicas são propriedades da gravadora, e não do músico. Ou seja, o músico não é dono de seu próprio acervo! Assim, a gravadora pode modificar à vontade as canções...de onde surge a dúvida: nesse caso quem é o verdadeiro artista?

Como fugir disso? O grande músico, compositor, multiinstrumentista (entre muitas outras coisas) brasileiro Egberto Gismonti criou sua própria gravadora, tarefa quase que impossível. Não só isso, mas ele também comprou seu acervo (por mais estranho que essa frase possa parecer) do selo que o possuia, tornando-se assim um dos únicos brasileiros donos de seu próprio repertório. Para os que não o conhecem, o próximo vídeo mostra Egberto tocando sua música (sua, pronome possessivo mesmo) "Palhaço", do disco "Circense".



Outra grande dificuldade relacionada a isso se refere aos grandes talentos que são desconhecidos. Como a maioria das gravadoras está interessada no lucro, e não na qualidade da música, elas não costumam investir em músicos desconhecidos. O flamenco Gerardo Núñez criou um estúdio em sua própria casa com a finalidade de contornar esse problema. Em CD intitulado La nueva escuela de la guitarra flamenca, Gerardo apresenta um grupo de jovens que ele considera que sejam alguns dos maiores talentos desconhecidos de hoje, mostrados no vídeo a seguir.



Também é interessantes que em alguns CD's aparece escrito "Agradecemos ao selo X por ter cedido o músico Y para a participação especial na faixa n". Parece que o músico é um cachorrinho.

Depois de pensar no que foi dito acima, não consigo mais ver um CD com os mesmos olhos. Ou melhor, não consigos ouvi-lo mais com os mesmos ouvidos.

sábado, 8 de março de 2008

Da Teoria da Conspiração dos Grãos de Café

O site "Café É Saúde", http://www.cafeesaude.com.br/, recentemente abriu meus olhos para a Conspiração dos Grãos de Café. Finalmente percebi que os grãos de café, com medo de serem extintos, juntarem-se a médicos e outros cientistas do mal em um grande esforço para fazer com que indivíduos da raça humana parassem de consumi-los. Para tanto, criaram teorias do tipo "tomar café faz mal". Seguem alguns trechos do esclarecedor site:

"Dormir é perigoso. Quando dormimos podemos morrer congelados, queimados, atropelados, assassinados, podemos ser assaltados, traídos, abandonados...Será que dormimos porque gostamos do perigo e queremos confirmar nossa coragem toda noite ? (...) O consumo de café estimula o sistema de vigília."

"Uma das principais críticas (...) é de que a bebida (o café) causa dependência. Talvez seja pela água que o café possui. Pois caso uma pessoa seja colocada numa sala com alimentos, mas sem água por uns poucos dias, ela reclamará a falta da água. E apresentará sinais de dependência da água."

Oh!! Como sou ingênuo! Como durante toda minha vida pude ser tão enganado por esses grãos e seus maléficos colaboradores? Nunca havia pensado na possibilidade de que água causa dependência; agora esse artigo me iluminou. Ela sim é que é a verdadeira vilã e, portanto, devemos evitar consumi-la...

Ainda bem que existem pessoas do bem como as deste site, sem as quais nunca teria aberto meus olhos para tão terrível Conspiração.

"Voltaire, pseudónimo de François-Marie Arouet (...) foi um poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e historiador iluminista francês (...) E achava que todos deviam tomar café diariamente pois além da cafeína, desconfiava que a bebida tinha algo mais."

"Romário (o jogador de futebol) toma até dez xícaras de café por dia."

Ou seja, Voltaire sabia da conspiração dos grãos contra os ingênuos seres humanos, bem como o grande sábio Romário. Além disso, o site é assinado por um Ph.D. em Medicina, o que garante que todo o seu conteúdo é verdadeiro e não pode ser questionado. Desta forma, sinto-me livre para tomar café, e tentarei nunca mais beber água.

Se eu não escrever mais nenhum Post nesse blog é provável que não tenha sobrevivido à terrível síndrome de abstinência provocada pela falta de água. Nesse caso, estou certo de que, caso exista, o leitor agradecerá.

Introdução (ou Primeiro Post): Da Inspiração dos Seres Simbióticos em Desinutilidades e Da Desnecessariedade de um Post Introdutório

Paga-pau? Ou será ser simbiótico?

A quase que certa catastrófica idéia desse blog nasceu do blog da Renata, http://bolinhosss.blogspot.com/, que vem sendo atualizado quase que diariamente desde a sua criação. Desinutilidades, contudo, vê isso como algo utópico e pretende ser um blog com postagens cada vez mais escassas, dada a incrível capacidade de seu autor no que se refere à sua criatividade.

Extrapolando o próprio conceito de cibernética, esse blog tem como humilde objetivo transcender a todos os cinco, ou quem sabe seis, sentidos. Brincadeira. A motivação dele é chamar a atenção para fatos, notícias, sugestões e outras besteiras que possivelmente são de desinteresse de todos. Mesmo que a vida do autor desse texto se resuma a fatos desinteressantes, ele acredita piamente que não haverá grande duração para esse blog e, portanto, recomenda fortemente que ele nem seja lido.

O autor desse blog também pensa que não seja necessário um Post Introdutório, logo não irá fazê-lo.