Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de maio de 2010


Interpretação da música "Palhaço", do Egberto Gismonti.

Duas versões tocadas por ele mesmo (um dia ainda vou ver ao vivo!):





quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

É incrível que quando a gente ouve muito uma música em determinada época e depois para de ouvi-la, ela traz uma nostalgia absurda.

Algumas que me marcaram bastante, em ordem mais ou menos cronológica. Cada uma está associada a uma cena de uma fase completamente diferente que passou.





















(essa com gosto de pizza haha)








É engraçado que da época de faculdade tem uma música só. Acho que não dava muito tempo de ouvir/viver.

Atualizado: 01/12/10

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Antonio Serrano

Trate-se de um grande gaitista espanhol. Infelizmente, não há muita informação disponível sobre ele na internet (ou, pelo menos, eu não encontrei). Esse site conta um pouco de sua história.

Além de tocar com grandes jazzistas, ele também toca com músicos flamencos, como Vicente Amigo (em Ciudad de las Ideas), Paco de Lucía e Carlos Benavent. Aqui há um excelente vídeo com Paco de Lucía:


Antonio Serrano tem também um disco com músicas de Piazolla, chamado Armonitango. Aqui está a Libertango:


Por último, Beboponga, com Federico Lechne:

domingo, 13 de julho de 2008

Gerardo Núñez

Já falei varias vezes de Gerardo Núñez aqui, mas nunca coloquei um post dedicado exclusivamente a ele. Bom, trata-se, do meu ponto de vista, de um dos maiores guitarristas flamencos de hoje. Além de uma técnica impecável, Gerardo faz música de verdade, não quer apenas mostrar seu virtuosismo. Outro aspecto que chama atenção nele é seu estilo completamente diferente de Paco de Lucía, o que é raro no flamenco.

Tive a oportunidade de vê-lo ao vivo em 2005 no SESC, como parte do projeto "Mostra Sesc de Artes: Mediterrâneo". A entrada era gratuita. Cheguei 5 horas antes do início da distribuição dos ingressos para o evento, prevendo a quantidade de pessoas que iriam aparecer. De fato, pessoas que não conseguiram o ingresso estavam oferecendo R$100,00 pelo meu. Eu não esperava tanto dele quanto vi no show. Imagino que seus discos não sejam tão bem mixados quanto de outros artistas.

Aproveito para dizer que ele estará no próximo mês aqui no Brasil: http://www.festivalflamenco.com.br/publish/pub/festival.htm

Dois vídeos dele: www.madameglamour.com.br





Mais um vídeo, que faz parte de uma vídeo-aula sua:

terça-feira, 3 de junho de 2008

Música...

Talvez os leitores desse blog - se é qua ainda resta algum - estejam cansados de tópicos que envolvam música.... e fazer o quê?Esse Post não será diferente.

Falarei brevemente sobre o disco Orillas (Margens/Bordas, em espanhol), de Juan Carmona. Trata-se de um CD que une o flamenco a elementos da música de Marrocos. O que mais chama a atenção nesse disco, para mim, é a grande influência de Vicente Amigo, principalmente de discos como Ciudad de las ideas, que trazem um estilo pop que muitos seguem hoje (inclusive o próprio Paco de Lucia, ao meu ver), com o violão como um instrumento não tão em primeiro plano como de costume e que une as diferentes partes da música, além de picados em quantidade maior que a usual e menos alzapúas e arpejos.

Independente de autenticidade, gostei muito do CD. (Afinal, porque autenticidade é tão necessária? Concordo que é algo interessante, principalmente quando se fala do futuro de um gênero musical, mas não creio que seja necessária para que um disco seja considerado bom. (Não estou falando de plágio, longe disso!)). Voltando ao assunto, Orillas conta com grandes artistas, inclusive com a "ocidentalizada" (no sentido de ser uma cantora flamenca mais "light") Montse Cortes, na qual estou viciado ultimamente - e vale a pena ser escutada - e o alaudista Saïd Chraïbi.

Irei colocar aqui alguns vídeos que encontrei no youtube. Aparentemente eles misturam Orillas com um cd chamado Sinfonía Flamenca (na verdade, esse parece ser o que predomina), ao qual ainda não tenho "acesso' (ainda não encontrei por aí!). Primeiramente, uma trecho de apenas 30 segundos com uma bulería:



Aqui há um tango:



Uma alegría:



E algo para terminar:

sábado, 17 de maio de 2008

Percussão Indiana

Como se não bastasse o gigantesco número de cientistas indianos (inclusive grandes estatísticos), os indianos também são destaque na música.

Achava que o flamenco possuia, ritmicamente, uma grande complexidade. Descobri, contudo, que na verdade ele é apenas uma formiguinha perto da música indiana, que tem uma complexidade monstruosa; eu nem me atrevo a descrevê-la (até porque não conheço!). Aqui só pretendo mostrar alguns vídeos de um instrumento chamado tabla, tão popular na Índia como o pandeiro no Brasil. Zakir Hussain (um grande percussionista, filho de Ustad Alla Rakha, outro grande percussionista), explica um pouco como funciona a tabla e a música clássica indiana a seguir:




Só mais um vídeo, de Zakir Hussain com um percussionista japonês:





(Posteriormente irei colocar mais alguns vídeos.)

Me pergunto agora, o que será causa e o que será consequência: indianos inteligentes, ou música complexa?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Diálogo Entre Flamenco e Música Indiana

Gostaria de falar de um disco que descobri recentemente, Indialucia, do polonês Miguel Czachowski, na guitarra flamenca, juntamente com (sem traduções por preguiça!):

Avaneendra SHEOLIKAR - sitar
Sandesh POPATKAR - tabla
Prasad KHAPARDE - vocal
Pierluca PINEROLI - cajón, tabla, sabar, caxixi, triangle, konnakol, choirs
Domingo PATRICIO - flute
Giridhar UDUPA - ghatam, morsing, konnakol
Maria POMIANOWSKA - sarangi
Carlos TROYA - zapateado, jaleo
Sagar JAREL - dholak
Yrvis MENDEZ - fretless bass
Tomasz PALA - piano
Adam GŁOŚNICKI - bass
Ireneusz WYROBEK - palmas
Barbara CZACHOWSKA - choirs

Trata-se de um CD que junta muito bem flamenco e música indiana, sem pender para nenhum dos lados (tá bom, talvez um pouco para o flamenco...). Mas há tanto bulerías quanto ragas. O primeiro vídeo mostra um playback (pelo menos o som é bom). O segundo tem uma entrevista com Miguel Czachowski e o indiano Giridhar Udupa. Infelizmente parte dela está em polonês.








Curiosamente Miguel Czachowski não é um guitarrista muito conhecido. Tenho a seguinte explicação para isso: No flamenco, não é costume interpretar músicas de outras pessoas. Aliás, não conheço ninguém que o faça e seja considerado um bom guitarrista. Na verdade, mais que interpretar músicas de outros, não se costuma interpretar nem falsetas que não são suas. Falseta é um conceito que existe no flamenco que é difícil de explicar. Segundo a wikipedia, "A Falseta is part of a Flamenco song, much as a sentence is part of a paragraph. The artists improvise their own falsetas which are then put together to form the whole song. Most Flamenco forms have strongly defined rhythmic patterns." Isso não esclarece muita coisa (e não é exatamente isso), mas para entender de verdade, só ouvindo muito flamenco. Mas o fato é que, Miguel Czachowski toca falsetas do Paco de Lucia, Vicente Amigo e outros. E é um bom guitarrista! Deve-se continuar com esse preconceito com quem interpreta? Abaixo há mais um vídeo muito bom dele, mas no qual ocorre o que eu falei:





Unir flamenco com música indiana não é novidade (na verdade, é interessante que os ciganos de Andaluzia vieram da Índia). Há um disco do grande Pepe Habichuela, Yerbagüena, que também faz isso. Abaixo há um playback (bem comercial).



Para quem gostou do Miguel Czachowski, o site http://indialucia.com/ tem detalhes interessantes sobre cada música.

domingo, 23 de março de 2008

Philip Glass

"I do not hear noise, I hear music" (John Cage)

Não gosto muito de música clássica contemporânea. Talvez porque simplesmente não a entenda bem. Em geral, o objetivo da arte contemporânea está na forma como ela é feita, e não no resultado final. Está na inovação que uma nova música carrega, e não em seu conteúdo propriamente dito.

Por exemplo, 4′33″, a talvez mais famosa e controversa obra de John Cage, pode ser interpretada por qualquer um. Trata-se de 4 minutos e 33 segundos de silêncio. Silêncio em termos, o barulho ambiente é permitido (que é a verdadeira música). O vídeo abaixo contém uma interpretação dela. Alguém poderia dizer (e foi minha primeira reação quando a ouvi) "mas qualquer um pode fazer isso". Mas alguém fez? Provavelmente poucos pensaram em algo assim antes de Cage. Estou de acordo que a idéia é interessante, mas ainda assim não consigo vê-la como música. Como arte sim, mas não como música. (Acho que na verdade isso é apenas uma questão de definições, talvez irrelevante).

(Apenas fazendo um parênteses, estava pensando agora o que aconteceria se Monty Phyton tivesse feito uma cena como a do vídeo abaixo, mas antes de Cage compor essa música. Conclui que certamente ele também seria apreciado, mas sob outro aspecto, o que é, no mínimo, interessante: a mesma idéia sendo usada para a arte ou para o humor, dependendo o que surgiu primeiro).



Contudo, há uma excessão com relação a compositores clássicos contemporâneos (ao menos para mim): Philip Glass. Philip Glass é um compositor norte-americano classificado, em geral, como minimalista.

O que é minimalismo em música? Bom, citando a wikipedia, porque tenho um monte de coisa para fazer,

"Na música erudita das últimas três décadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir à produção musical que reúne as seguintes características: repetição (frequentemente de pequenos trechos, com pequenas variações através de grandes períodos de tempo) ou estaticidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipnóticos. É frequentemente associada (e inseparável) da composição na música eletrônica."

Philip Glass compôs a trilha de diversos filmes, como "As Horas", "O Ilusionista", "O Show de Truman" e o documentário "Koyaanisqatsi". Penso que o melhor adjetivo para classificar sua música é hipnótico. Não acho que o youtube seja um bom meio para se conhecer novos compositores, pois o som é terrível e induz uma impressão errada. Mas aqui é o único jeito. O primeiro vídeo abaixo mostra uma parte de sua ópera intitulada "Einstein on the Beach". O segundo é uma parte do documentário "Koyaanisqatsi" (que significa "vida desequilibrada" na língua Hopi). As imagens e a música se casam perfeitamente aqui, e me fazem sentir uma terrível agonia.





Recomendo o genial disco "Passages", de Glass com o citarista indiano Ravi Shankar. Não encontrei no youtube nenhum vídeo que realmente valesse a pena colocar aqui.

No final das contas acabei divagando e quase não falei do Philip Glass. Sugiro aos interessados que descubram mais sobre ele por si próprios.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Música!

Como primeiro post de música, não gostaria de falar de música propriamente dita, mas sim de grandes dificuldades pelas quais os músicos passam. E não me refiro a problemas financeiros, mas a questões burocráticas que a maior parte das pessoas desconhece.

Por exemplo, quando um compositor lança um CD, as músicas são propriedades da gravadora, e não do músico. Ou seja, o músico não é dono de seu próprio acervo! Assim, a gravadora pode modificar à vontade as canções...de onde surge a dúvida: nesse caso quem é o verdadeiro artista?

Como fugir disso? O grande músico, compositor, multiinstrumentista (entre muitas outras coisas) brasileiro Egberto Gismonti criou sua própria gravadora, tarefa quase que impossível. Não só isso, mas ele também comprou seu acervo (por mais estranho que essa frase possa parecer) do selo que o possuia, tornando-se assim um dos únicos brasileiros donos de seu próprio repertório. Para os que não o conhecem, o próximo vídeo mostra Egberto tocando sua música (sua, pronome possessivo mesmo) "Palhaço", do disco "Circense".



Outra grande dificuldade relacionada a isso se refere aos grandes talentos que são desconhecidos. Como a maioria das gravadoras está interessada no lucro, e não na qualidade da música, elas não costumam investir em músicos desconhecidos. O flamenco Gerardo Núñez criou um estúdio em sua própria casa com a finalidade de contornar esse problema. Em CD intitulado La nueva escuela de la guitarra flamenca, Gerardo apresenta um grupo de jovens que ele considera que sejam alguns dos maiores talentos desconhecidos de hoje, mostrados no vídeo a seguir.



Também é interessantes que em alguns CD's aparece escrito "Agradecemos ao selo X por ter cedido o músico Y para a participação especial na faixa n". Parece que o músico é um cachorrinho.

Depois de pensar no que foi dito acima, não consigo mais ver um CD com os mesmos olhos. Ou melhor, não consigos ouvi-lo mais com os mesmos ouvidos.