Esse aqui é realmente inútil. A Renata me pediu que eu falasse para ela algumas situações em que a estatística pudesse ser aplicada (para o seu trabalho). Como eu não tinha mais nada pra fazer (na verdade tinha, mas...), escrevi umas bobagens. Achei que isso seria útil para alguma coisa, mas depois de ser zoado pela Renata, decidi colocá-lo (em outras palavras, jogá-lo fora) nesse blog. (Foi o Z que sugeriu colocar, então não me culpem!).
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A pragmática, como forma de conhecimento, sempre me intrigou. Há muito me indago sobre a utilidade prática daquilo que conhecemos hoje por estatística. Busco aqui fazer um relato de meus descobrimentos nos últimos 15 minutos, os quais certamente foram mais produtivos que meus 3 anos de faculdade.
Da wikipedia, temos:
"O termo estatística surge da expressão em Latim statisticum collegium palestra sobre os assuntos do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado", ou político, e a palavra alemã Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado".
Muito bem. Daí já temos algumas idéias. Por exemplo, utilizamos estatística quando estamos interessados em conhecer mais sobre nossos queridos semelhantes. "Quantas TV's meu vizinho tem? Será que eu tenho que comprar mais uma para fazê-lo ficar com inveja?" (TV aqui poderia ser substituída por outros substantivos como, por exemplo, geladeira, fogão, mulher...). É para isso que existem órgãos como o IBGE.
Por incrível que pareça, a estatística também pode ser usada para o bem. Claro, o bem de uma minoria. Podemos, por exemplo, tentar descobrir o preço que uma ação terá no dia seguinte. Evidentemente que fariamos isso apenas por curiosidade, visto que não temos dinheiro para poder investir.
Em um banco, também podemos tentar descobrir que clientes serão bons ou maus pagadores, com a finalidade maquiavélica de que os donos lucrem o máximo que possam. Nada mais justo. A própria Teoria da Decisão, na qual uma bela vertente da estatística se fundamenta, baseia-se em "maximizar a utilidade esperada". Vulgarmente, essa expressão pode ser traduzida como "maximizar meu bem estar". Maquiavelismo aqui pode ser substituído pelo termo marxista, visto que uma outra aplicação dessa ciência (?) é descobrir se medicamentos genéricos são melhores que drogas de afamadas indústrias farmacêuticas, donas de todo o resto de dinheiro do mundo que não está com o aposentado-por-invalidez dono da Microsoft.
Médicos também alegam que ela pode ser utilizada para identificar a influência de certos sintomas em algumas doenças, ou mesmo na severidade dessas enfermidades em um dado paciente-de-laboratório infeliz. Por exemplo, quantos anos um paciente que sofre de alguma letal irá sobreviver? Resposta: não muitos.
Falando em tempo de sobrevivência, lembramos também da Teoria da Confiabilidade. Qual a taxa de falha de um certo sistema? Quanto eu espero gastar com ele em t anos? Quando eu acho que terei que trocar uma peça desse equipamento? Quando eu peço para o estagiário me trazer um café? Meu n é maior que 30?
Não podemos deixar de falar da atuária. Aqui é utilizada uma avançada técnica conhecida como GNA. Nessa aplicação, coloca-se em um computador alguns dados sobre o novo cliente e ele, magicamente, diz quanto o cliente deverá pagar por mês. Por exemplo, se você coloca NOME: Rafael, a taxa triplica. É claro que "magicamente" é apenas uma hipérbole. Isso não é mágica. Como saber quanto um cliente deve pagar? Resposta: GNA (gerador de números aleatórios).
A estatística também pode ser usada para matar nossas curiosidades pessoais. Quantas pessoas viram o último BBB? Quantas pessoas viram meu vídeo no youtube? E meu blog? Nesse último caso, é melhor que não haja uma arma por perto, ao menos quando se trata do autor deste texto. Outras curiosidades como "o que é melhor, "Guaraná Antártica" ou "J.C., Estou Aqui?" também podem ser sanadas.
Como disse o porco do George Orwell (sem ambiguidades, por favor) "todos são iguais, mas uns são mais iguais que os outros". Os estatísticos são iguais aos outros, mas eles tem conhecimento. Assim, Estatística => Conhecimento. Mas Conhecimento => Poder. Logo, "Estatística é Poder." Hahaha, quem me dera...
ps: não esqueçam das pesquisas eleitorais!