terça-feira, 23 de setembro de 2008

Na frente do computador, junto ao meu violão, toco, sem emoção, mais uma velha canção.
Só então, vejo que outro dia foi-se em vão. Deito-me na cama, fecho os olhos.
"Amanhã será diferente".
Pura ilusão.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O menino toca o violão
Entretido, todo resto lhe parece em vão

O menino toca o violão
Nada o atrapalha,
ainda que o barulho de um avião

O menino toca o violão
Uma corda arrebenta,
mas ele não faz questão
Toca chorinho, toca chorão

O menino toca violão
Ela chega
E, só então,
Ele o joga ao chão

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Antonio Serrano

Trate-se de um grande gaitista espanhol. Infelizmente, não há muita informação disponível sobre ele na internet (ou, pelo menos, eu não encontrei). Esse site conta um pouco de sua história.

Além de tocar com grandes jazzistas, ele também toca com músicos flamencos, como Vicente Amigo (em Ciudad de las Ideas), Paco de Lucía e Carlos Benavent. Aqui há um excelente vídeo com Paco de Lucía:


Antonio Serrano tem também um disco com músicas de Piazolla, chamado Armonitango. Aqui está a Libertango:


Por último, Beboponga, com Federico Lechne:

domingo, 13 de julho de 2008

Tendência de Alta

O gráfico a seguir traz o número de Posts nesse blog para cada mês desde a sua criação. Observa-se uma fortíssima tendência de alta. Huahuahua. Fim.




Gerardo Núñez

Já falei varias vezes de Gerardo Núñez aqui, mas nunca coloquei um post dedicado exclusivamente a ele. Bom, trata-se, do meu ponto de vista, de um dos maiores guitarristas flamencos de hoje. Além de uma técnica impecável, Gerardo faz música de verdade, não quer apenas mostrar seu virtuosismo. Outro aspecto que chama atenção nele é seu estilo completamente diferente de Paco de Lucía, o que é raro no flamenco.

Tive a oportunidade de vê-lo ao vivo em 2005 no SESC, como parte do projeto "Mostra Sesc de Artes: Mediterrâneo". A entrada era gratuita. Cheguei 5 horas antes do início da distribuição dos ingressos para o evento, prevendo a quantidade de pessoas que iriam aparecer. De fato, pessoas que não conseguiram o ingresso estavam oferecendo R$100,00 pelo meu. Eu não esperava tanto dele quanto vi no show. Imagino que seus discos não sejam tão bem mixados quanto de outros artistas.

Aproveito para dizer que ele estará no próximo mês aqui no Brasil: http://www.festivalflamenco.com.br/publish/pub/festival.htm

Dois vídeos dele: www.madameglamour.com.br





Mais um vídeo, que faz parte de uma vídeo-aula sua:

Quadrinhos, pra variar

Algumas tirinhas de http://pbfcomics.com/:

Quem me dera que fosse assim:


Ele pode?


Ele não pode:

(nota-se que o papagaio faz o papel de uma criança)

sábado, 14 de junho de 2008

Desenho cômico que pode ser encontrado aqui:



(1) O autor do Blog questiona a ordem na evolução de algumas dessas espécimes. Estaria ela totalmente correta?

(2) Atenção ao Homo Bayesianis com sua corcunda. O autor do Blog não questiona essa caricaturização e, inclusive, identifica-se com a situação.

Agradeço à Fabi pela recomendação.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Música...

Talvez os leitores desse blog - se é qua ainda resta algum - estejam cansados de tópicos que envolvam música.... e fazer o quê?Esse Post não será diferente.

Falarei brevemente sobre o disco Orillas (Margens/Bordas, em espanhol), de Juan Carmona. Trata-se de um CD que une o flamenco a elementos da música de Marrocos. O que mais chama a atenção nesse disco, para mim, é a grande influência de Vicente Amigo, principalmente de discos como Ciudad de las ideas, que trazem um estilo pop que muitos seguem hoje (inclusive o próprio Paco de Lucia, ao meu ver), com o violão como um instrumento não tão em primeiro plano como de costume e que une as diferentes partes da música, além de picados em quantidade maior que a usual e menos alzapúas e arpejos.

Independente de autenticidade, gostei muito do CD. (Afinal, porque autenticidade é tão necessária? Concordo que é algo interessante, principalmente quando se fala do futuro de um gênero musical, mas não creio que seja necessária para que um disco seja considerado bom. (Não estou falando de plágio, longe disso!)). Voltando ao assunto, Orillas conta com grandes artistas, inclusive com a "ocidentalizada" (no sentido de ser uma cantora flamenca mais "light") Montse Cortes, na qual estou viciado ultimamente - e vale a pena ser escutada - e o alaudista Saïd Chraïbi.

Irei colocar aqui alguns vídeos que encontrei no youtube. Aparentemente eles misturam Orillas com um cd chamado Sinfonía Flamenca (na verdade, esse parece ser o que predomina), ao qual ainda não tenho "acesso' (ainda não encontrei por aí!). Primeiramente, uma trecho de apenas 30 segundos com uma bulería:



Aqui há um tango:



Uma alegría:



E algo para terminar:

sábado, 17 de maio de 2008

Percussão Indiana

Como se não bastasse o gigantesco número de cientistas indianos (inclusive grandes estatísticos), os indianos também são destaque na música.

Achava que o flamenco possuia, ritmicamente, uma grande complexidade. Descobri, contudo, que na verdade ele é apenas uma formiguinha perto da música indiana, que tem uma complexidade monstruosa; eu nem me atrevo a descrevê-la (até porque não conheço!). Aqui só pretendo mostrar alguns vídeos de um instrumento chamado tabla, tão popular na Índia como o pandeiro no Brasil. Zakir Hussain (um grande percussionista, filho de Ustad Alla Rakha, outro grande percussionista), explica um pouco como funciona a tabla e a música clássica indiana a seguir:




Só mais um vídeo, de Zakir Hussain com um percussionista japonês:





(Posteriormente irei colocar mais alguns vídeos.)

Me pergunto agora, o que será causa e o que será consequência: indianos inteligentes, ou música complexa?

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O Sonho de Cassandra

Vi esses dias O Sonho de Cassandra, de Woody Allen. Confesso que ele não se compara a alguns outros filmes sérios de Allen, como Match Point ou Hanna e Suas Irmãs. Contudo, trata de forma bem interessante (e muito irônica) temas como falsidade, (in)coerência, relatividade de conceitos, moral, limites (não matemáticos)...

Talvez, o que mais me decepcionou no filme foi o final. Talvez porque eu esperasse algo como em Match Point, sei lá.

Outro ponto positivo é que esse filme tem trilha de Philp Glass (descobri isso na hora do filme mesmo). (Segundo alguns, isso significa que são 5 segundos de música repetidas ao longo do filme. Eu digo que não, que se fosse assim seria chamado de tecno.)

Aí está o trailer, que não acrescenta muita coisa.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Imagens

Essas são algumas fotos que recebi de um email do Bernard. Não sei de onde vieram...


(segundo alguns comentários maldosos, esse aí de cima sou eu...)









domingo, 27 de abril de 2008

Controles de videogame

Será resolvido, num futuro não muito distante, a chatice de ter como amigos que possuem videogames, indivíduos sem dinheiro e que, portanto, não compram muitos controles. O vídeo abaixo é auto-explicativo.


sexta-feira, 18 de abril de 2008

Piadinhas de Nerd

Do site http://www.ananthapuri.com/sciencejokes.asp

"It is proven that the celebration of birthdays is healthy. Statistics showthat those people who celebrate the most birthdays become the oldest."-- S. den Hartog, Ph D. Thesis Universtity of Groningen.



"According to a recent poll, 51% of all Americans are in the majority."-k.n.



"Statistics is the art of never having to say you're wrong."



"Statistics are like a bikini - what they reveal is suggestive, butwhat they conceal is vital"- Aaron Levenstein



"Q: What does a mathematicians answer, when you ask him/her if (s)he wants the window open or closed?A: Yes."


"Two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sureabout the the universe." -- Albert Einstein


" TOP TEN EXCUSES FOR NOT DOING THE MATH HOMEWORK
1. I accidentally divided by zero and my paper burst into flames.
2. Isaac Newton's birthday.
3. I could only get arbitrarily close to my textbook. I couldn't actually reach it.
4. I have the proof, but there isn't room to write it in this margin.
5. I was watching the World Series and got tied up trying to prove that it converged.
6. I have a solar powered calculator and it was cloudy.
7. I locked the paper in my trunk but a four-dimensional dog got in and ate it.
8. I couldn't figure out whether i am the square of negative one or i is the square root of negative one.
9. I took time out to snack on a doughnut and a cup of coffee. I spent the rest of the night trying to figure which one to dunk.
10. I could have sworn I put the homework inside a Klein bottle, but this morning I couldn't find it."


"Boy's Life, May 1973:
Ralph: Dad, will you do my math for me tonight?
Dad: No, son, it wouldn't be right.
Ralph: Well, you could try."


domingo, 13 de abril de 2008

Site recomendado

Recomendo fortemente o Blog
http://desinutilidades.blogspot.com/,
assim como tudo o que é recomendado por ele...

Quadrinhos, pra variar

Falta de idéias => Quadrinhos

Mafalda e http://www.pbfcomics.com/









quarta-feira, 9 de abril de 2008

Estatística e Arte

Estatística é Arte! Ou pelo menos não deixa de provocar bons risos...

No gráfico abaixo podemos notar um homem sendo enforcado (e talvez algo mais)...
Também tenho outro de raríssima coleção, mas achei melhor não colocar aqui...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Diálogo Entre Flamenco e Música Indiana

Gostaria de falar de um disco que descobri recentemente, Indialucia, do polonês Miguel Czachowski, na guitarra flamenca, juntamente com (sem traduções por preguiça!):

Avaneendra SHEOLIKAR - sitar
Sandesh POPATKAR - tabla
Prasad KHAPARDE - vocal
Pierluca PINEROLI - cajón, tabla, sabar, caxixi, triangle, konnakol, choirs
Domingo PATRICIO - flute
Giridhar UDUPA - ghatam, morsing, konnakol
Maria POMIANOWSKA - sarangi
Carlos TROYA - zapateado, jaleo
Sagar JAREL - dholak
Yrvis MENDEZ - fretless bass
Tomasz PALA - piano
Adam GŁOŚNICKI - bass
Ireneusz WYROBEK - palmas
Barbara CZACHOWSKA - choirs

Trata-se de um CD que junta muito bem flamenco e música indiana, sem pender para nenhum dos lados (tá bom, talvez um pouco para o flamenco...). Mas há tanto bulerías quanto ragas. O primeiro vídeo mostra um playback (pelo menos o som é bom). O segundo tem uma entrevista com Miguel Czachowski e o indiano Giridhar Udupa. Infelizmente parte dela está em polonês.








Curiosamente Miguel Czachowski não é um guitarrista muito conhecido. Tenho a seguinte explicação para isso: No flamenco, não é costume interpretar músicas de outras pessoas. Aliás, não conheço ninguém que o faça e seja considerado um bom guitarrista. Na verdade, mais que interpretar músicas de outros, não se costuma interpretar nem falsetas que não são suas. Falseta é um conceito que existe no flamenco que é difícil de explicar. Segundo a wikipedia, "A Falseta is part of a Flamenco song, much as a sentence is part of a paragraph. The artists improvise their own falsetas which are then put together to form the whole song. Most Flamenco forms have strongly defined rhythmic patterns." Isso não esclarece muita coisa (e não é exatamente isso), mas para entender de verdade, só ouvindo muito flamenco. Mas o fato é que, Miguel Czachowski toca falsetas do Paco de Lucia, Vicente Amigo e outros. E é um bom guitarrista! Deve-se continuar com esse preconceito com quem interpreta? Abaixo há mais um vídeo muito bom dele, mas no qual ocorre o que eu falei:





Unir flamenco com música indiana não é novidade (na verdade, é interessante que os ciganos de Andaluzia vieram da Índia). Há um disco do grande Pepe Habichuela, Yerbagüena, que também faz isso. Abaixo há um playback (bem comercial).



Para quem gostou do Miguel Czachowski, o site http://indialucia.com/ tem detalhes interessantes sobre cada música.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A pragmática estatística nos dias de hoje

Esse aqui é realmente inútil. A Renata me pediu que eu falasse para ela algumas situações em que a estatística pudesse ser aplicada (para o seu trabalho). Como eu não tinha mais nada pra fazer (na verdade tinha, mas...), escrevi umas bobagens. Achei que isso seria útil para alguma coisa, mas depois de ser zoado pela Renata, decidi colocá-lo (em outras palavras, jogá-lo fora) nesse blog. (Foi o Z que sugeriu colocar, então não me culpem!).

------------------------------------------------------------

A pragmática, como forma de conhecimento, sempre me intrigou. Há muito me indago sobre a utilidade prática daquilo que conhecemos hoje por estatística. Busco aqui fazer um relato de meus descobrimentos nos últimos 15 minutos, os quais certamente foram mais produtivos que meus 3 anos de faculdade.

Da wikipedia, temos:

"O termo estatística surge da expressão em Latim statisticum collegium palestra sobre os assuntos do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado", ou político, e a palavra alemã Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado".

Muito bem. Daí já temos algumas idéias. Por exemplo, utilizamos estatística quando estamos interessados em conhecer mais sobre nossos queridos semelhantes. "Quantas TV's meu vizinho tem? Será que eu tenho que comprar mais uma para fazê-lo ficar com inveja?" (TV aqui poderia ser substituída por outros substantivos como, por exemplo, geladeira, fogão, mulher...). É para isso que existem órgãos como o IBGE.

Por incrível que pareça, a estatística também pode ser usada para o bem. Claro, o bem de uma minoria. Podemos, por exemplo, tentar descobrir o preço que uma ação terá no dia seguinte. Evidentemente que fariamos isso apenas por curiosidade, visto que não temos dinheiro para poder investir.

Em um banco, também podemos tentar descobrir que clientes serão bons ou maus pagadores, com a finalidade maquiavélica de que os donos lucrem o máximo que possam. Nada mais justo. A própria Teoria da Decisão, na qual uma bela vertente da estatística se fundamenta, baseia-se em "maximizar a utilidade esperada". Vulgarmente, essa expressão pode ser traduzida como "maximizar meu bem estar". Maquiavelismo aqui pode ser substituído pelo termo marxista, visto que uma outra aplicação dessa ciência (?) é descobrir se medicamentos genéricos são melhores que drogas de afamadas indústrias farmacêuticas, donas de todo o resto de dinheiro do mundo que não está com o aposentado-por-invalidez dono da Microsoft.

Médicos também alegam que ela pode ser utilizada para identificar a influência de certos sintomas em algumas doenças, ou mesmo na severidade dessas enfermidades em um dado paciente-de-laboratório infeliz. Por exemplo, quantos anos um paciente que sofre de alguma letal irá sobreviver? Resposta: não muitos.

Falando em tempo de sobrevivência, lembramos também da Teoria da Confiabilidade. Qual a taxa de falha de um certo sistema? Quanto eu espero gastar com ele em t anos? Quando eu acho que terei que trocar uma peça desse equipamento? Quando eu peço para o estagiário me trazer um café? Meu n é maior que 30?

Não podemos deixar de falar da atuária. Aqui é utilizada uma avançada técnica conhecida como GNA. Nessa aplicação, coloca-se em um computador alguns dados sobre o novo cliente e ele, magicamente, diz quanto o cliente deverá pagar por mês. Por exemplo, se você coloca NOME: Rafael, a taxa triplica. É claro que "magicamente" é apenas uma hipérbole. Isso não é mágica. Como saber quanto um cliente deve pagar? Resposta: GNA (gerador de números aleatórios).

A estatística também pode ser usada para matar nossas curiosidades pessoais. Quantas pessoas viram o último BBB? Quantas pessoas viram meu vídeo no youtube? E meu blog? Nesse último caso, é melhor que não haja uma arma por perto, ao menos quando se trata do autor deste texto. Outras curiosidades como "o que é melhor, "Guaraná Antártica" ou "J.C., Estou Aqui?" também podem ser sanadas.

Como disse o porco do George Orwell (sem ambiguidades, por favor) "todos são iguais, mas uns são mais iguais que os outros". Os estatísticos são iguais aos outros, mas eles tem conhecimento. Assim, Estatística => Conhecimento. Mas Conhecimento => Poder. Logo, "Estatística é Poder." Hahaha, quem me dera...

ps: não esqueçam das pesquisas eleitorais!

domingo, 30 de março de 2008

Quadrinhos

Algo grande está por vir em Desinutilidades (hahaha, tá bom!). Enquanto isso, alguns quadrinhos.

Se você não tem muita paciência/tempo para ler quadrinhos, recomendo o site http://pbfcomics.com/.

Uma tirinha um pouco mais....menos séria:

Também gosto muito da Mafalda.

Há um site que tem milhares de tirinhas da Mafalda, mas não direi aqui que ele é o segundo da busca por "Mafalda" no Google pois, aparentemente, ele é ilegal.

domingo, 23 de março de 2008

Philip Glass

"I do not hear noise, I hear music" (John Cage)

Não gosto muito de música clássica contemporânea. Talvez porque simplesmente não a entenda bem. Em geral, o objetivo da arte contemporânea está na forma como ela é feita, e não no resultado final. Está na inovação que uma nova música carrega, e não em seu conteúdo propriamente dito.

Por exemplo, 4′33″, a talvez mais famosa e controversa obra de John Cage, pode ser interpretada por qualquer um. Trata-se de 4 minutos e 33 segundos de silêncio. Silêncio em termos, o barulho ambiente é permitido (que é a verdadeira música). O vídeo abaixo contém uma interpretação dela. Alguém poderia dizer (e foi minha primeira reação quando a ouvi) "mas qualquer um pode fazer isso". Mas alguém fez? Provavelmente poucos pensaram em algo assim antes de Cage. Estou de acordo que a idéia é interessante, mas ainda assim não consigo vê-la como música. Como arte sim, mas não como música. (Acho que na verdade isso é apenas uma questão de definições, talvez irrelevante).

(Apenas fazendo um parênteses, estava pensando agora o que aconteceria se Monty Phyton tivesse feito uma cena como a do vídeo abaixo, mas antes de Cage compor essa música. Conclui que certamente ele também seria apreciado, mas sob outro aspecto, o que é, no mínimo, interessante: a mesma idéia sendo usada para a arte ou para o humor, dependendo o que surgiu primeiro).



Contudo, há uma excessão com relação a compositores clássicos contemporâneos (ao menos para mim): Philip Glass. Philip Glass é um compositor norte-americano classificado, em geral, como minimalista.

O que é minimalismo em música? Bom, citando a wikipedia, porque tenho um monte de coisa para fazer,

"Na música erudita das últimas três décadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir à produção musical que reúne as seguintes características: repetição (frequentemente de pequenos trechos, com pequenas variações através de grandes períodos de tempo) ou estaticidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipnóticos. É frequentemente associada (e inseparável) da composição na música eletrônica."

Philip Glass compôs a trilha de diversos filmes, como "As Horas", "O Ilusionista", "O Show de Truman" e o documentário "Koyaanisqatsi". Penso que o melhor adjetivo para classificar sua música é hipnótico. Não acho que o youtube seja um bom meio para se conhecer novos compositores, pois o som é terrível e induz uma impressão errada. Mas aqui é o único jeito. O primeiro vídeo abaixo mostra uma parte de sua ópera intitulada "Einstein on the Beach". O segundo é uma parte do documentário "Koyaanisqatsi" (que significa "vida desequilibrada" na língua Hopi). As imagens e a música se casam perfeitamente aqui, e me fazem sentir uma terrível agonia.





Recomendo o genial disco "Passages", de Glass com o citarista indiano Ravi Shankar. Não encontrei no youtube nenhum vídeo que realmente valesse a pena colocar aqui.

No final das contas acabei divagando e quase não falei do Philip Glass. Sugiro aos interessados que descubram mais sobre ele por si próprios.

domingo, 16 de março de 2008

Humor Nonsense (ou então: Vídeos que Nunca Serão Assistidos)

Nesse tópico gostaria de colocar alguns vídeos de artistas que fazem humor nonsense, um dos meus tipos preferidos.

O que é humor nonsense? Bem, ele se baseia na mistura de temas aparentemente sem conexão, no exagero ao extremo de personagens caricatos e em referências, sátiras e paródias a diversas fontes distintas. Costumam conter fortes críticas a outras obras.

Talvez o grupo mais famoso nesse estilo seja o Monty Phyton. O primeiro vídeo aqui é o curta "Futebol dos Filósofos". O segundo é "Argument Clinic", da série "Flying Circus".





Outro grande comediante nonsense é Mel Brooks. Ambos os vídeos daqui são do filme "História do Mundo - Parte 1", no qual pedaços da história do mundo são contados de uma forma não muito tradicional. O primeiro trata da Última Ceia, enquanto que o segundo fala (de uma maneira à la Broadway) sobre a Inquisição Espanhola.





O terceiro artista de quem eu gostaria de falar é Woody Allen, que tem um estilo bem diferente dos outros. A maior parte de seus filmes não são pura comédia. Eles trazem um conteúdo muito sério, geralmente baseado em um existencialismo depressivo. Mas, mesmo assim, constumam ser engraçados (no estilo da segunda charge do post anterior a esse). O primeiro vídeo mostra uma cena de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" ("Annie Hall"), em que se pode observar o que eu quero dizer. O segundo é um trecho mais leve de "Desconstruindo Harry" (o que eu digo que é mais leve começa em 3:00 min, o resto é pesado! É a cena em que Mel (Robin Williams) fica fora de foco, questão tratada com uma certa normalidade pelos outros personagens).





Li uma teoria na internet que dizia que nerds são considerados seres estranhos justamente pelas piadas nonsense, uma vez que não conseguem ficar mais de 10 minutos sem soltar um Ni ou então um 42.

De qualquer forma, outras fontes de humor nonsense são Os Simpsons e um pouco de Seinfeld. Ah, e também o post Da Teoria da Conspiração dos Grãos de Café desse blog, que não foi muito bem compreendido. Fim.

sexta-feira, 14 de março de 2008

2 Quadrinhos

Dois quadrinhos do site www.xkcd.com interessantes, apenas para ninguém dizer que o blog está abandonado (depois de apenas uma semana de sua criação).

O primeiro se chama "The Difference", e o texto que o acompanha é: "How could you choose avoiding a little pain over understanding a magic lightning machine?".

O segundo é "Nihilism", com o texto: "Why can't you have normal existential angst like all the other boys?".

Provavelmente voltarei a falar dos assuntos abordados nesses quadrinhos...

1)



2)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Música!

Como primeiro post de música, não gostaria de falar de música propriamente dita, mas sim de grandes dificuldades pelas quais os músicos passam. E não me refiro a problemas financeiros, mas a questões burocráticas que a maior parte das pessoas desconhece.

Por exemplo, quando um compositor lança um CD, as músicas são propriedades da gravadora, e não do músico. Ou seja, o músico não é dono de seu próprio acervo! Assim, a gravadora pode modificar à vontade as canções...de onde surge a dúvida: nesse caso quem é o verdadeiro artista?

Como fugir disso? O grande músico, compositor, multiinstrumentista (entre muitas outras coisas) brasileiro Egberto Gismonti criou sua própria gravadora, tarefa quase que impossível. Não só isso, mas ele também comprou seu acervo (por mais estranho que essa frase possa parecer) do selo que o possuia, tornando-se assim um dos únicos brasileiros donos de seu próprio repertório. Para os que não o conhecem, o próximo vídeo mostra Egberto tocando sua música (sua, pronome possessivo mesmo) "Palhaço", do disco "Circense".



Outra grande dificuldade relacionada a isso se refere aos grandes talentos que são desconhecidos. Como a maioria das gravadoras está interessada no lucro, e não na qualidade da música, elas não costumam investir em músicos desconhecidos. O flamenco Gerardo Núñez criou um estúdio em sua própria casa com a finalidade de contornar esse problema. Em CD intitulado La nueva escuela de la guitarra flamenca, Gerardo apresenta um grupo de jovens que ele considera que sejam alguns dos maiores talentos desconhecidos de hoje, mostrados no vídeo a seguir.



Também é interessantes que em alguns CD's aparece escrito "Agradecemos ao selo X por ter cedido o músico Y para a participação especial na faixa n". Parece que o músico é um cachorrinho.

Depois de pensar no que foi dito acima, não consigo mais ver um CD com os mesmos olhos. Ou melhor, não consigos ouvi-lo mais com os mesmos ouvidos.

sábado, 8 de março de 2008

Da Teoria da Conspiração dos Grãos de Café

O site "Café É Saúde", http://www.cafeesaude.com.br/, recentemente abriu meus olhos para a Conspiração dos Grãos de Café. Finalmente percebi que os grãos de café, com medo de serem extintos, juntarem-se a médicos e outros cientistas do mal em um grande esforço para fazer com que indivíduos da raça humana parassem de consumi-los. Para tanto, criaram teorias do tipo "tomar café faz mal". Seguem alguns trechos do esclarecedor site:

"Dormir é perigoso. Quando dormimos podemos morrer congelados, queimados, atropelados, assassinados, podemos ser assaltados, traídos, abandonados...Será que dormimos porque gostamos do perigo e queremos confirmar nossa coragem toda noite ? (...) O consumo de café estimula o sistema de vigília."

"Uma das principais críticas (...) é de que a bebida (o café) causa dependência. Talvez seja pela água que o café possui. Pois caso uma pessoa seja colocada numa sala com alimentos, mas sem água por uns poucos dias, ela reclamará a falta da água. E apresentará sinais de dependência da água."

Oh!! Como sou ingênuo! Como durante toda minha vida pude ser tão enganado por esses grãos e seus maléficos colaboradores? Nunca havia pensado na possibilidade de que água causa dependência; agora esse artigo me iluminou. Ela sim é que é a verdadeira vilã e, portanto, devemos evitar consumi-la...

Ainda bem que existem pessoas do bem como as deste site, sem as quais nunca teria aberto meus olhos para tão terrível Conspiração.

"Voltaire, pseudónimo de François-Marie Arouet (...) foi um poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e historiador iluminista francês (...) E achava que todos deviam tomar café diariamente pois além da cafeína, desconfiava que a bebida tinha algo mais."

"Romário (o jogador de futebol) toma até dez xícaras de café por dia."

Ou seja, Voltaire sabia da conspiração dos grãos contra os ingênuos seres humanos, bem como o grande sábio Romário. Além disso, o site é assinado por um Ph.D. em Medicina, o que garante que todo o seu conteúdo é verdadeiro e não pode ser questionado. Desta forma, sinto-me livre para tomar café, e tentarei nunca mais beber água.

Se eu não escrever mais nenhum Post nesse blog é provável que não tenha sobrevivido à terrível síndrome de abstinência provocada pela falta de água. Nesse caso, estou certo de que, caso exista, o leitor agradecerá.

Introdução (ou Primeiro Post): Da Inspiração dos Seres Simbióticos em Desinutilidades e Da Desnecessariedade de um Post Introdutório

Paga-pau? Ou será ser simbiótico?

A quase que certa catastrófica idéia desse blog nasceu do blog da Renata, http://bolinhosss.blogspot.com/, que vem sendo atualizado quase que diariamente desde a sua criação. Desinutilidades, contudo, vê isso como algo utópico e pretende ser um blog com postagens cada vez mais escassas, dada a incrível capacidade de seu autor no que se refere à sua criatividade.

Extrapolando o próprio conceito de cibernética, esse blog tem como humilde objetivo transcender a todos os cinco, ou quem sabe seis, sentidos. Brincadeira. A motivação dele é chamar a atenção para fatos, notícias, sugestões e outras besteiras que possivelmente são de desinteresse de todos. Mesmo que a vida do autor desse texto se resuma a fatos desinteressantes, ele acredita piamente que não haverá grande duração para esse blog e, portanto, recomenda fortemente que ele nem seja lido.

O autor desse blog também pensa que não seja necessário um Post Introdutório, logo não irá fazê-lo.